Como ensinar autoestima aos seus filhos?

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7 atividades para o desenvolvimento de competências socioemocionais infantil

Quer saber mais sobre a importância da autoestima na infância? Continue lendo o texto!

Enganam-se aqueles que pensam que apenas adultos precisam cuidar da autoestima. É importante desenvolvê-la desde a infância, para que, quando adultos, as pessoas tenham uma relação saudável consigo mesmas.

Desta forma, a autoestima na infância está relacionada a como a criança se vê e se sente em relação aos outros. Uma criança com autoestima elevada possui uma percepção positiva de si mesma, e isso impacta em diversos aspectos de sua vida agora e no futuro.

A criança passa pelo desenvolvimento de aspectos cognitivos, sociais, emocionais e físicos, englobando uma série de características e habilidades. Diante desse cenário, a autoestima na infância é muito importante, e as famílias podem ajudar a desenvolvê-la.

É necessário desenvolver isso desde a primeira infância. A maneira como os responsáveis acolhem e valorizam a criança refletirá em sua postura nos próximos anos, incluindo a fase adulta.

Quer ver como pode fazer isso e desenvolver diariamente a autoestima dos seus filhos? Boa leitura!

Mas antes, o que é a autoestima?

Em termos gerais, a autoestima está relacionada à percepção que uma pessoa tem de si mesma, isto é, das suas ações, sentimentos e capacidades.

Porém, a parte complexa é que a autoestima não envolve apenas uma autoavaliação, mas também diz respeito ao modo que o indivíduo enxerga e se compara às outras pessoas.

A autoestima não é uma habilidade inata. Ou seja, não nascemos com ela, mas aprendemos a desenvolvê-la ou suprimi-la durante a vida, sendo a infância um período em que estamos mais vulneráveis a essas influências.

Dito isso, é possível desenvolver a autoestima na infância através de vários meios. Um dos principais é o modo como os pais tratam a criança. Isso envolve a maneira e a frequência com que corrigem, elogiam e valorizam a criança, ou seja, qualquer forma de interação entre a criança e as pessoas importantes para ela.

Se você gostou desse tema, também pode se interessar por nosso artigo sobre Educação Positiva: O que é e como aplicá-la?

Como os pais podem desenvolver a autoestima na infância?

Como podemos observar acima, é saudável estimular a autoestima desde a infância. Algumas atitudes e posicionamentos contribuem nesse processo e permitem que as crianças aprendam com seus erros e acertos.

Separamos algumas dicas para ajudar os pais, ou o responsável pela criança, nessa tarefa:

Valorize o esforço da criança e elogie suas conquistas

Se a criança arrumou a mesa, limpou o quarto ou fez qualquer outra atividade diferente, é legal parabenizá-lo e valorizar sua atitude, a sensação de concluir uma tarefa difícil é muito valiosa para uma criança e, mais valioso que isso é o reconhecimento pelo seu esforço.

Por mais simples que seja a realização, demonstrar respeito pelo empenho é uma maneira de estimular a autonomia. No futuro, quando precisar resolver questões e problemas mais complexos, a criança confiará que tem capacidade para superar desafios, não se sentindo incapaz de resolvê-los.

Também é importante criar o hábito de elogiar o empenho dos filhos. As crianças se sentem valorizadas quando percebem que os esforços são notados, tendo mais motivação para continuarem se dedicando.

Estimule a criança a fazer escolhas

As crianças podem tomar algumas decisões que ajudam a desenvolver a autoestima. É importante estimular situações que permitam que elas façam escolhas, de acordo com a idade, como pedir para decidirem a cor da roupa que vão usar ou qual filme preferem assistir.

Nem todas as situações permitem que a escolha seja da criança, mas é possível direcionar algumas atividades para ajudá-las a escolher livremente ou de acordo com as opções estabelecidas por você.

Essa pequena atitude estimula a autonomia e traz o sentimento de capacidade e importância, pois ela percebe que a família confia em suas decisões e no seu amadurecimento.

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Não a compare com outras crianças

O hábito de comparar uma criança com irmãos, primos ou colegas não é saudável para o desenvolvimento infantil.

É importante que ela entenda que as pessoas são diferentes e que ninguém é melhor ou pior do que o outro. Não é porque algum colega tem facilidade em determinada área que ela também precisa ter. Isso a ensinará a valorizar suas diferenças.

Elogie quando for o caso e corrija em outras situações, mas evite as comparações nesse contexto. Desse modo, a criança entenderá que suas atitudes não são usadas para medir se ela é melhor do que os outros, mas sim para seu próprio crescimento.

Incentive a criança a experimentar novas atividades

As famílias, muitas vezes, querem proteger os filhos e acabam desestimulando que eles experimentem novas atividades e tarefas.

Se seu filho deseja, por exemplo, começar a praticar um esporte ou fazer aulas de música, evite dizer algo negativo, que seja um motivo para que ele desista de tentar.

Em vez disso, incentive essa nova descoberta. Quando as famílias agem assim, a criança se sente segura, livre e estimulada a testar seus limites e potencialidades, abrindo espaço para aprender com as próprias experiências.

É possível que ela se decepcione em determinada atividade, mas você pode ajudá-la a se levantar e entender que aprendemos com os erros.

Se você gostou desse assunto, leia nosso texto sobre O que é estimulação cognitiva infantil e confira atividades!

Deixe que cometam erros

É normal que seu filho cometa erros e isso o ensinará a assumir suas responsabilidades. Erros fazem parte da vida, levam a criança a pensar, buscar soluções e enfrentar diferentes desafios. As lições que os erros trazem são valiosas para a construção da autoestima.

Por mais que você perceba que não seja o melhor caminho, deixar seu filho tomar as próprias decisões é uma atitude saudável. Se no início não se sair bem, tentará de novo até conseguir, e isso trará um sentimento de satisfação. Sendo assim, na próxima vez que enfrentar um desafio, saberá que é capaz de resolvê-lo.

 Demonstre afeto, atenção e apoio

Quando a criança percebe que é amada, ela desenvolve valor próprio, algo importante para a autoestima infantil. Mesmo que cometa erros, seu filho vai entender que é aceito e que uma falha não é suficiente para acabar com seu amor.

O afeto não significa falta de disciplina ou de cobrança, mas demonstra que a família sempre estará apoiando.

Além disso, é interessante demonstrar interesse no universo da criança. Perguntar sobre como foi o dia na escola, sobre os amigos e outras atividades do interesse dela é uma forma de mostrar que se importa.

Desse modo, é possível que seu filho compartilhe as experiências da vida naturalmente, criando uma relação de amizade e confiança com a família.

Ensine a lidar com as emoções

Lidar com emoções não costuma ser algo simples nem para os adultos, entretanto, trabalhar esse lado desde criança é uma forma de ensinar seu filho a se sentir bem com ele mesmo. O desenvolvimento socioemocional traz ferramentas que ajudam a superar os desafios da infância.

Portanto, ensine a criança a lidar com os sentimentos de frustração, alegria, decepção, entre vários outros. Além disso, respeite os sentimentos e emoções sem julgamentos e demonstre que você valoriza o que ela tem a dizer.

O papel da escola no desenvolvimento da autoestima infantil

Não obstante, o ambiente escolar também é fundamental nesse sentido. Isso inclui não só o método de ensino e avaliação, mas também o convívio social com as outras crianças pode influenciar muito no modo que elas lidam com conflitos e enxergam a si mesmas.

Na escola, faz parte também do papel do professor auxiliar na construção dessa autoestima, elogiando, estimulando e dando reforços positivos a cada esforço da criança.

No Santa Mônica Rede de Ensino trabalhamos e desenvolvemos crianças em todos os aspectos, inclusive na autoestima. Para conhecer mais sobre nossas metodologias de ensino, toque aqui.

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