A autonomia da criança é a capacidade de um pequeno tomar suas próprias decisões e iniciativas. Em outras palavras, significa dizer que é uma maneira de a criança exercer seus direitos e responsabilidades de forma independente, considerando aspectos como a sua idade, o seu nível de desenvolvimento e o contexto cultural em que vive.
O desenvolvimento da autonomia na educação infantil é um processo contínuo, que exige que pais e professores ofereçam oportunidades para que as crianças aprendam a ser autônomas, o que significa que elas podem aprender a pensar por si mesmas, tomar decisões e resolver problemas.
No entanto, é importante que os pais e professores não apenas criem oportunidades, mas as ajudem a desenvolver suas habilidades para serem bem-sucedidas quando estiverem sozinhas.
Autonomia da criança: entenda os benefícios
Gostou dessa ideia? Então vamos entender melhor os benefícios de desenvolver a autonomia da criança. Aproveite!
1. Desenvolvimento de capacidade cognitiva
Uma criança está sendo constantemente desafiada pelo mundo à sua volta. Diferente dos adultos, que já têm uma larga bagagem de experiência, elas ainda precisam construir esse arsenal. Portanto, cada nova situação é um desafio que deve ser superado, utilizando as suas competências mentais, físicas e sensoriais.
O resultado disso é um desenvolvimento constante da sua capacidade cognitiva, que é fortemente acionada para que a criança crie soluções para as situações conflitantes, estimule o seu raciocínio lógico e aprenda a ponderar essas decisões. Isso é vantajoso por inúmeros motivos, como o de incentivar a criatividade.
2. Aumento do senso de responsabilidade
Em geral, as crianças não costumam ter muitas responsabilidades. No máximo, elas são encarregadas de cuidar dos seus brinquedos e de cumprir com os seus deveres escolares. Mas é importante que o sentimento de responsabilidade também seja trabalhado e isso é desenvolvido com o aumento da autonomia dessa criança.
Basicamente, quanto mais uma criança consegue “se virar” com as atividades, mais ela começa a entender que algumas delas passam a ser de sua responsabilidade. Se ela consegue guardar os próprios brinquedos, então, agora esse é um dever seu. Se ela consegue arrumar a própria cama, não tem por que outra pessoa fazer para ela.
Dessa forma, à medida que a criança vai se desenvolvendo, você pode atribuir outras tarefas, um pouco mais complexas e que realmente façam com que ela sinta que está ajudando em casa. Assim, os pequenos percebem que têm um papel a desempenhar com a família, com a escola e com a sociedade.
3. Formação de um cidadão mais ativo
Quando você opta por desenvolver a autonomia de uma criança desde cedo, também permite que ela amadureça conforme a sua idade, evitando problemas como o excesso de proteção. Assim, ela se torna independente dos pais e cuidadores à medida que cresce.
É natural que o ser humano consiga desempenhar atividades sozinho conforme vai se desenvolvendo. Quando chega na adolescência, por exemplo, é importante que ele consiga cuidar de si mesmo, apesar de ser tutoreado pelos adultos.
É como uma espécie de treinamento para criar cidadãos mais ativos, principalmente durante a sua vida adulta. Isso significa que cada um precisa ter capacidade suficiente para resolver seus próprios problemas, aproveitar as oportunidades que surgem, ponderar adequadamente as suas decisões e planejar o seu próprio futuro.
4. Realização de atividades sozinho
Muitas crianças sentem medo ou insegurança de realizar atividades sozinhas. Por isso, é importante trabalhar a autonomia para fortalecer essa habilidade. Uma maneira de fazer isso é estimulando a prática de atividades físicas por crianças, afinal, elas serão as únicas responsáveis pelo seu desempenho.
Nos esportes individuais, por exemplo, a criança sabe que o seu resultado depende dos seus esforços e trabalho duro, e que ninguém poderá acompanhá-la na hora de exercer o seu papel. Nos esportes coletivos não é muito diferente. Apesar de trabalhar em grupo, cada indivíduo tem um papel exclusivo e fundamental dentro do time e que ninguém poderá fazer por ele.
Essa mentalidade pode ser levada para vários outros aspectos da vida cotidiana, inclusive para atividades como:
- tomar banho;
- se preparar para sair;
- arrumar a sua própria mochila etc.
Os adultos podem sempre supervisionar e até auxiliar os pequenos em suas maiores dificuldades. Mas isso não significa fazer por eles. É colocando a mão na massa que as crianças vão aprimorar as suas habilidades motoras e comportamentais.
5. Aprimoramento da inteligência emocional
A inteligência emocional em crianças é fundamental para criarmos adultos mais saudáveis sob esse aspecto. Por isso, enquanto trabalha sua própria autonomia, a criança vai enfrentar, inevitavelmente, situações que vão tirá-la de sua zona de conforto e exigir que ela lide com as sensações e emoções que aquilo causa.
Seja uma frustração por algo que deu errado ou uma decisão ruim que afetou outras pessoas, é importante ajudar os pequenos a refletir sobre as suas ações. Assim, você pode os orientar para desenvolver características como paciência, comunicação assertiva e coletividade, por exemplo.
Gradualmente, a criança vai conseguindo aplicar tudo isso sozinha ao resolver os próprios problemas. E é assim que você percebe o amadurecimento emocional acontecendo na prática.
6. Mais confiança
À medida que a criança desenvolve sua autonomia, ela também se torna mais autoconfiante. Isso porque ela descobre que consegue fazer certas coisas que antes demandavam da ajuda de alguém, agora, sozinha.
A autoconfiança está muito ligada à imagem que uma pessoa tem sobre si mesma. Se uma criança é educada com a ideia de que ela sempre depende de alguém que escolha suas roupas por ela, que penteie seu cabelo ou arrume seus materiais escolares, por exemplo, ela sente que não é capaz de fazer aquilo sozinha.
Quando você a encoraja a assumir essas atividades por conta própria, ainda que ela encontre alguma dificuldade em realizá-las, vai encontrar uma maneira de concluir a tarefa. E isso é essencial para a sua vida também na adolescência e na fase adulta, dado que é preciso confiar em si mesmo e nas suas habilidades para conseguir se posicionar diante de determinadas situações e assumir responsabilidades.
7. Melhora do autoconhecimento
Por fim, mas não menos importante, o estímulo à autonomia da criança também facilita a conquista do autoconhecimento. Quando os pequenos fazem algumas atividades sozinhos, eles conseguem descobrir as próprias habilidades e limitações.
Isso é importante porque ajuda na hora de pedir suporte a um adulto e de buscar melhorar suas aptidões. Quando uma criança sabe aquilo que ela consegue ou não fazer sozinha, ela tem a oportunidade de focar os seus esforços em aprender o que não domina.
Isso também ajuda muito em termos de inteligência emocional e comportamento interpessoal. À medida que uma criança se relaciona de forma mais independente com outra ou com um grupo de outras crianças, ela precisa encarar as suas fraquezas sociais. Isso vai ajudá-la a entender o que pode ser melhorado para conseguir estabelecer laços cada vez mais eficientes.
8. Conquista de uma comunicação assertiva
A linguagem é o meio pelo qual nós, seres humanos, conseguimos comunicar aquilo que pensamos e sentimos. É ela quem abre as portas entre dois universos, fazendo com que duas pessoas se entendam e consigam chegar a acordos benéficos para ambos os lados.
Muitas crianças acabam desenvolvendo uma tremenda dificuldade de expressar as suas vontades, sentimentos e necessidades. E isso pode se tornar um problema na fase adulta. No entanto, quando você estimula a autonomia nos pequenos, eles acabam sendo expostos a diversas situações sem nenhum facilitador da comunicação. Em outras palavras, eles se obrigam a aprender a se comunicar.
Desse modo, a criança começa a desenvolver suas habilidades comunicativas desde cedo, aprendendo a argumentar a favor daquilo que quer e, principalmente, descrever situações para os adultos ou para as outras crianças. Isso facilita muito em seus relacionamentos interpessoais e para a sua vida, em geral.
A criança como centro do processo de aprendizado
Nessa jornada de autodescoberta e desenvolvimento da criança, é muito importante que ela possa contar com os pais e com a escola para orientá-la. Isso inclui desde abordar temas específicos, como a inteligência emocional, até criar oportunidades reais de aprimorar aptidões motoras, cognitivas e até mesmo sociais.
Quando a escola coloca a criança no centro do seu processo de aprendizado, dá a ela a oportunidade de desenvolver a sua autonomia e depender cada vez menos dos outros para cumprir com suas próprias tarefas. É claro que isso não significa abandonar a criança, mas dar espaço para ela fazer as próprias tentativas e cometer erros e acertos.
Além disso, é importante preparar a criança para enfrentar os seus desafios. Por isso, as atividades propostas em sala de aula são tão importantes. Elas permitem que os pequenos:
- trabalhem em equipe;
- exercitem seu raciocínio lógico;
- coloquem as suas emoções à prova;
- melhorem a sua coordenação motora;
- aprendam novas informações;
- desafiem a si mesmos constantemente.
Conheça o Santa Mônica Rede de Ensino
O Santa Mônica Rede de Ensino ajuda significativamente nesse processo, afinal, ela coloca a criança como protagonista do seu processo educativo. Isso permite que ela faça perguntas, experimente teorias, interaja com os colegas e aprenda com toda e qualquer troca que aconteça no ambiente escolar.
O SMREDE também estimula o desenvolvimento dos pequenos por meio da prática de atividades físicas nas dependências da escola. Com isso, elas podem aprender valores como disciplina e respeito, e também exercitar a sua capacidade de trabalhar em equipe e cooperar.
E é claro que, se você gostou deste conteúdo sobre a autonomia da criança, tem muito mais dicas esperando por você no nosso blog. Então que tal assinar a nossa newsletter e receber todas as novidades diretamente por e-mail?