A sociedade passa por transformações aceleradas como nunca se viu antes. Com o impulso repentino da tecnologia, a globalização e a pandemia de Covid-19, o mundo mudou rapidamente sua configuração, o que se refletiu diretamente na vida profissional de todos nós. Dessa forma, novas necessidades de trabalho surgiram, dando origem ao que chamamos de profissões do futuro.
No entanto, as novas funções e cargos ocupados em inúmeras empresas, que já abraçaram as últimas tendências, exigem algumas habilidades específicas. Elas requerem aprendizado e treinamento, em muitos casos, desde cedo.
Algumas dessas profissões já oferecem vagas e tendem a continuar em alta por muitas décadas, principalmente, aquelas mais relacionadas à tecnologia, que se entrelaça com todas as demais áreas do conhecimento humano. Neste post, falaremos amplamente sobre o tema, citando algumas dessas carreiras e como preparar o seu filho para elas. Acompanhe!
O que são as profissões do futuro?
Podemos conceituar as profissões do futuro como aquelas capazes de se transformar acompanhando as tendências da tecnologia e seus impactos no mercado de trabalho. Portanto, o que realmente distingue uma carreira atual das que prevemos para o futuro é, simplesmente, a relação entre as funções exercidas e a influência da revolução tecnológica.
Alguns estudiosos do assunto declaram que estamos em plena quarta revolução industrial. Da mesma maneira que as anteriores, somos impactados por mudanças estruturais importantes dentro das organizações e na forma de atuar no trabalho. Nesse sentido, apenas as profissões que estiverem alinhadas às novas necessidades e demandas do mercado conseguirão continuar existindo.
Por que o mercado tem mudado tanto?
O mundo se transforma o tempo todo, contudo, algumas décadas atrás, isso não era tão perceptível, uma vez que esse processo costumava ser mais lento. Entretanto, nos últimos anos, essas mudanças se aceleraram vertiginosamente.
Depois da chegada da pandemia, diversos cenários se transformaram quase instantaneamente. Entre eles, o trabalho e o estudo remoto, que ganharam uma quantidade imensa de adeptos da noite para o dia.
Ao longo do ano de 2020, o planeta inteiro experimentou uma situação inédita na história: foi preciso parar quase tudo e permanecer em recolhimento dentro de casa para evitar o contágio pelo coronavírus. Considerando a dependência entre mercado de trabalho e economia, as empresas se viram forçadas a migrar suas atividades para os lares de cada colaborador.
Esse novo cenário impulsionou a corrida para digitalizar rapidamente quase todos os processos que ainda estavam atrelados ao analógico. Então, o que antes só funcionava de forma manual, passou a operar remotamente e de maneira virtual.
Outros fatores envolvidos
Além disso, concorrem para essas transformações uma crescente preocupação com a sustentabilidade. Forçosamente, isso provoca alterações profundas no mercado de trabalho e no comportamento das pessoas e das empresas. Um bom exemplo disso é a digitalização de atividades, que foi fortemente influenciada pela chamada economia verde, levando empresas e governos a valorizarem o ESG, em português: Ambiental, Social e Governança.
Nesse contexto, não é difícil relacionar essas mudanças e perceber o tamanho da influência e da importância dos processos tecnológicos na transformação do mercado. Agora, a maior demanda de empregos é direcionada a trabalhadores voltados ao mundo digital.
Assim, o cenário do campo da tecnologia da informação ampliou exponencialmente, passando a demandar cada dia mais mão de obra especializada, a fim de atender às novas necessidades. Com isso, muitas organizações reconheceram essa mudança como um benefício econômico e sustentável, passando a aderir ao estilo home office em caráter definitivo.
Todos esses acontecimentos reunidos em um único cenário nos mostraram o quanto a tecnologia foi essencial para ajudar o mercado e a economia a sustentar minimamente suas bases, apesar das dificuldades que surgiram em meio a tantas perdas que tivemos. Tudo isso sinalizou claramente a necessidade de desenvolver novas habilidades e competências para as profissões do futuro.
Quais são as áreas mais promissoras?
Afinal, como serão as profissões do futuro? Entre as mais cotadas, destacam-se aquelas mais voltadas à tecnologia, que estão diretamente conectadas ao desenvolvimento e análise de ferramentas de automatização de processos. Isso porque elas facilitam o dia a dia das pessoas e das empresas.
No entanto, esse não é o único campo em evidência para as carreiras do futuro. De acordo com o relatório “Profissões emergentes na era digital”, feito pelo Senai, as tendências da transformação digital e seu impacto na demanda profissional em setores fundamentais para a recuperação da economia contempla quatro grandes frentes.
Além da área de TI (softwares), o estudo cita a indústria de transformação e serviços produtivos, a área de saúde e a agricultura. Essa última é o campo que tem apresentado muita demanda por formação profissional, com vagas disponíveis. As áreas de serviços e indústria também demonstram a maior lacuna em curto prazo.
Além desses, podemos considerar a educação como um setor que tem sido bastante impactado pela influência da tecnologia, como todos os demais. Esse fenômeno é universal, já que a transformação digital está presente em tudo e ninguém poderá ficar à margem dessa nova configuração. Veja, adiante, quais são as profissões do futuro!
1. Analista de Big Data
Nossos dados e informações estão cada vez mais expostos e, nesse cenário, o analista de Big Data desponta como um dos profissionais do futuro de caráter mais peculiar, e será muito requisitado. Sua função é coletar e analisar diversos tipos de dados que circulam pela internet e podem impactar o desenvolvimento de um projeto ou de uma empresa.
Por exemplo, quando um profissional dessa área analisa o imenso volume de informações disponíveis na web, uma organização consegue avaliar novas oportunidades e, a partir delas, definir suas estratégias de negócio.
2. Terapeuta alternativo
A área de terapia alternativa, também chamada de terapia holística, vem crescendo muito ultimamente. Ela reúne uma série de técnicas diferenciadas dos meios tradicionais da saúde, também conhecidas como terapias complementares e integrativas, no SUS.
Sua abordagem terapêutica considera o ser humano em seu todo, levando em conta, ao mesmo tempo, os aspectos mental, físico, energético e emocional. Assim, o tratamento não se restringe ao sintoma e à doença apresentada isoladamente, mas de uma maneira integrada.
Portanto, o terapeuta alternativo ou integrativo considera a pessoa dentro de um contexto, formando um sistema completo. Sua perspectiva considera que muitas doenças surgem no corpo motivadas por desajustes emocionais, energéticos e mentais. Dessa forma, ao tratar essas questões, torna-se possível reduzir ou eliminar os sintomas físicos.
3. Gestor de sustentabilidade
É o profissional que lida com gestão e planejamento de atividades corporativas relacionadas às esferas social e ambiental das empresas. Suas atividades consistem em adaptar sistemas de gestão, avaliação de fornecedores, auditorias e definição de indicadores e relatórios de sustentabilidade. Sua função é garantir que a empresa cumpra sua responsabilidade frente à comunidade e ao meio ambiente.
Apesar da desaceleração da economia, estamos em um período delicado, em que as organizações têm aumentado seus investimentos em todo tipo de atividade que reduza o risco da operação. Por isso, é uma profissão que segue em alta. Além disso, as legislações estão cada vez mais exigentes quando se trata de meio ambiente e responsabilidade social.
4. Analista de marketing digital
A tendência do mercado é que a competitividade aumente nos próximos anos. Para se destacar, atrair e fidelizar clientes, a procura pelos profissionais de marketing digital também deve crescer. O profissional da área, portanto, elabora estratégias durante seu desenvolvimento de campanhas e materiais promocionais.
O ponto de partida está nas pesquisas de mercado e na análise do comportamento do consumidor, a fim de atender às necessidades do público de interesse, lançando novos serviços e produtos.
5. Gestor de inovação
De todos os profissionais do futuro, esse tem a missão de reavaliar as estratégias dos negócios, principalmente, no contexto atual, em que inovação e criação de novas oportunidades são fundamentais para o sucesso de qualquer empreendimento.
Se levarmos em conta que a concorrência está cada dia mais acirrada, o gestor de inovação pode contribuir com novas abordagens por parte das marcas, de maneira a se manterem sempre bem-posicionadas no mercado.
6. Agente de Cyber Attack
Nesse admirável novo mundo tecnológico, muitas práticas rotineiras são feitas na internet. Cresce o hábito de comprar e vender produtos e serviços pela web, além do gerenciamento de contas em bancos e um sem-fim de outras atividades.
É por isso que a internet precisa se tornar um ambiente confiável e seguro. Esse profissional tende a ser cada vez mais solicitado para solucionar problemas envolvendo a proteção de sistemas online, bem como promover ações de identificação de invasores.
7. Voice UX designer
Os dispositivos de voz seguem dominando a tecnologia web, por isso, os serviços de voice UX design conquistam muita relevância. E, para disponibilizar essa tecnologia para o máximo de usuários, esse profissional deverá usar seus conhecimentos de User Experience (Experiência do Usuário) para desenvolver e aperfeiçoar a tecnologia baseada na voz humana.
Sendo assim, é fundamental entender o processo de comunicação entre o usuário e o sistema, a fim de se adotar as melhores práticas de facilitação dessa interação.
Destacamos, também, que existem muitas outras atividades ainda desconhecidas da maioria das pessoas e que não foram mencionadas aqui, mas serão fundamentais em um futuro próximo. Por isso, é preciso preparar adequadamente as crianças para que elas estejam plenamente aptas a exercer essas funções.
Como preparar as crianças para esse novo mercado?
Além das profissões ainda desconhecidas do grande público, já existe uma previsão de que, em 2030, aproximadamente 85% das profissões que farão parte do mercado ainda não foram criadas, e isso está diretamente relacionado ao futuro da educação. Trata-se de uma informação divulgada pelo Institute for the Future (IFTF), uma organização sediada na Califórnia, EUA, responsável por reunir líderes de todo o globo para pensar em soluções para o futuro, incluindo a educação.
Portanto, em menos de 10 anos, já teremos uma significativa transformação no mercado envolvendo serviços, comércio e indústria. Assim, passaremos por uma profunda mudança e, com a tecnologia avançando rapidamente, teremos de nos adaptar, aprender e inovar de forma contínua, a fim de conseguirmos acompanhar todo esse processo.
Como faremos para capacitar a sociedade, nossas crianças e jovens para tantas mudanças e imprevisibilidades? Por ora, devemos usar as ferramentas que já conhecemos, que incluem a tecnologia como suporte essencial.
Também é preciso modificar as metodologias e estruturas de ensino, além de todo o preparo em nível psicológico e emocional. Vejamos alguns pontos importantes, a seguir!
Como estimular a criatividade?
A imaginação é uma característica natural das crianças. No entanto, para que esse elemento atue como um instrumento realmente rico e útil, é necessário trabalhar e direcionar o desenvolvimento dessa capacidade criativa infantil.
Nesse sentido, os pais exercem um importante papel no processo. Afinal, nessa fase da vida, as crianças ainda têm tudo para descobrir, e são pais e educadores os responsáveis por apresentar e oferecer as melhores oportunidades, permitindo experiências diversas. Dessa forma, é possível trazer a criatividade à tona, ao mesmo tempo em que se desenvolvem habilidades específicas que impactarão positivamente o futuro.
Portanto, você pode estimular ainda mais a criatividade do seu pequeno, oferecendo novos desafios. Também deve incentivar a criança a aprender inglês, sugerir atividades artísticas, esportivas, explorar a tecnologia, conviver com elementos da natureza e tudo o mais que cerca o universo da inventividade.
Como promover autonomia?
Educar crianças dependentes, cujos pais fazem tudo por elas e não incentivam sua autonomia, é a receita ideal para a formação de adultos sem iniciativa e inseguros. Por isso, é preciso trabalhar a autonomia da criança, deixando-a fazer por si mesma tudo o que sua faixa etária permite. Aos poucos, constrói-se um passo a passo rumo à independência.
Assim, é muito importante estimular o pequeno a comer sozinho, trocar de roupa, organizar seus brinquedos, preparar-se para as provas escolares e outras atividades simples. Esse é o papel que cabe à família e ajuda a desenvolver autonomia e segurança, mas sempre com a devida reflexão sobre o resultado de cada ato.
É muito importante esclarecer para os pequenos que toda escolha gera uma consequência. Assim, ao dar o poder de optar por algo e fazer suas pequenas tarefas do dia a dia, você ensina o seu filho a tomar decisões, responsabilizar-se por elas e resolver seus próprios conflitos. Esse estímulo é fundamental, ainda que a criança não consiga realizar alguma coisa.
A frustração, nesse caso, é mais uma ferramenta de reflexão sobre o que não deu certo e como pode ser melhor na próxima tentativa. É um exercício essencial para criar maturidade e levar a criança a persistir, sempre fazendo o melhor que pode.
Como desenvolver a inteligência emocional?
As profissões do futuro demandarão autoconhecimento e gestão das emoções. Essa capacidade está diretamente relacionada à inteligência emocional, que é tão importante para ajudar a tomar decisões rapidamente.
Quem tiver o domínio de si mesmo poderá pensar e agir de forma consciente e equilibrada, sem interferir muito no andamento de processos e no relacionamento com outros colegas e parceiros de trabalho. Em vista disso, trabalhar as emoções das crianças é vital para a formação de um adulto pleno e seguro de si.
Isso começa dentro de casa, no convívio familiar, a partir do exemplo dos pais, que interfere diretamente no desenvolvimento emocional dos filhos. É preciso, portanto, considerar alguns aspectos fundamentais, como ensinar as crianças a identificarem os próprios sentimentos e os do próximo.
Além disso, é essencial mostrar os pequenos como controlar suas emoções, identificando objetivamente o que está acontecendo, o que ele sente e pensa e o que provoca os sentimentos conflitantes. É um exercício constante, que conduz à correta expressão e canalização das emoções para fortalecer o caráter e as relações.
Como podemos perceber, o amanhã está logo ali e cheio de novidades no mercado de trabalho. Portanto, o preparo das crianças e dos adolescentes de hoje é essencial para que eles estejam plenamente capacitados para exercer com maestria as ainda inéditas profissões do futuro.
Para ajudar o seu filho a se preparar melhor, que tal começar essa jornada conhecendo o projeto pedagógico SMREDE?