Você também quer saber o por que as crianças mentem? Continue lendo esse artigo!
Como agir com crianças que mentem? Essa, com certeza, é uma dúvida muito recorrente quando os pais pegam os filhos na mentira. Será o castigo a melhor saída?
Confrontar as primeiras mentiras de uma criança faz parte das adversidades de participar de seu crescimento.
Mas alguns pais não sabem como lidar com isso ao tentar entender o que levou a criança a mentir e tendo reações precipitadas, como castigos físicos.
Se você se interessou por esse tema, também pode gostar do nosso artigo sobre Educação Positiva: O que é e como aplicá-la?
Comece a entender por que as crianças mentem
A verdade é que, a maioria das pessoas, já mentiu em algum momento da vida.
Além disso, é muito comum que os adultos interpretem as falas das crianças como se já fossem mentiras, sem levar a sério seus sentimentos e sem compreender o que há por trás delas.
Nesse sentido, as crianças podem fantasiar porque, dependendo da idade, ainda não desenvolveram uma maior percepção crítica a respeito das suas próprias ações.
Por isso, cabe aos adultos dar sentido e definição às ações das crianças – assim como explicar a elas o motivo da mentira ser algo ruim.
Por que as crianças mentem?
Um dos principais fatores da mentira na infância é a faixa etária. Crianças menores, entre 2 e 4 anos, podem mentir, por exemplo, por causa da fase de desenvolvimento, para demarcar a sua relação com o outro e com si mesmo.
Em outras palavras, é preciso que o adulto afaste a ideia de que a criança quer enganá-lo. A mentira, nesta fase, está mais relacionada à esfera dos ajustes relacionais e da criança com ela mesma.
Nas crianças maiores, a partir de 6 anos, a mentira pode vir como forma de proteção, por medo de repreensão e castigo, e também para fugir de responsabilidades, como atividades escolares.
Chamar a atenção de pais e familiares ou dos colegas também são motivos recorrentes para mentiras nessa fase.
Outro fator importante é a família. A criança que mente pode estar reproduzindo o comportamento que vê em casa.
Desse modo, é essencial que os pais e demais membros da família lembrem que são referência para os pequenos e que eles costumam copiar o comportamento daqueles que mais convivem.
Entenda mais sobre comportamento infantil, lendo nosso artigo sobre Birras na infância: o que motiva esse comportamento e como lidar?
Como agir com a criança que mente
Exponha o que ocorreu:
Uma forma de intervir ao perceber que a criança está mentindo é imaginar o que ocorreu, descrever e pedir esclarecimentos. Entretanto, lembre-se: sem julgamentos no tom de voz para que o pequeno não se sinta intimidado.
Crie conexão com seu (a) filho (a), note o que ele sentiu e visualize o que o levou a mentir.
Ao notar que foi compreendida, a criança se sente acolhida para contar a verdade.
Focalize na solução do problema:
Ao invés de procurar culpados pela mentira, por que não mostrar à criança que ela pode resolver os problemas sem apelar para mentiras? Assim, ela desenvolve uma maior consciência, cria laços de confiança com a família e compreende a importância do diálogo sincero.
Seja exemplo:
Sabe aquela mentirinha “Na volta a gente compra”? Parece besteira, mas ao mentir para seu filho (a) nessas pequenas situações, você pode passar a imagem de que tudo bem mentir às vezes.
A melhor maneira de ensinar uma criança a não mentir é sendo o adulto de referência que não mente e que prefere o diálogo sincero e honesto. Afinal, exemplo é tudo!
Faça a criança refletir:
O ideal é fazer o pequeno compreender que a mentira não é algo legal e que ele (a) pode contar a verdade. A repreensão precisa ser feita, mas de uma forma mais branda, sem gritos e castigos físicos.
É importante destacar que a ideia não é ser permissivo, mas sim, fazer com que a criança reflita e de fato compreenda a situação, assumindo a responsabilidade pelo próprio erro.
A punição exagerada, muitas vezes, causa o efeito contrário.
Quando se preocupar com a mentira na infância?
Primeiramente, é preciso citar que atitudes agressivas, mentirosas ou negligentes por parte dos pais ou familiares podem, sim, afetar a criação da criança. Porém, o vínculo não é sempre direto.
Alguns fatores, como o convívio com outras pessoas ou a proteção nos ambientes que o pequeno se relaciona podem perpassar essa relação.
Há formas de monitorar o comportamento dos filhos e de compreender quando a mentira se torna algo prejudicial:
- A criança mente de maneira frequente para os pais e/ou amigos;
- As mentiras são acompanhadas por condutas problemáticas, como violência ou isolamento social;
O ideal é que os pais procurem por ajuda especializada para que a criança tenha um acompanhamento específico.
A mentira compulsiva pode estar ligada a transtornos de conduta, caracterizados por padrões persistentes de conduta dissocial, agressiva ou desafiante que não são condizentes com a idade da criança ou adolescente.
Todavia, devemos lembrar: cada criança é única e deve ter sua situação analisada individualmente.
Como a escola pode trabalhar o tema “mentiras” na sala de aula?
O Dia da Mentira é uma ótima data para desenvolver atividades voltadas para esse tema na escola. Nesse dia, é possível falar sobre a importância do respeito, união, confiança, honestidade e sinceridade entre os colegas e familiares.
A mentira pode ser colocada diante de cada um desses valores para que os estudantes avaliem como a verdade pode prevalecer diante desses cenários, fortalecendo o prestígio que a verdade tem dentro das relações sociais.
Uma outra forma de trabalhar o tema é através dos clássicos Pinóquio e O Menino Maluquinho, introduzindo os personagens para dentro do cenário escolar.
Se você não sabe ainda a importância da integração entre escola e família, leia nosso texto sobre Pais e escola: qual a importância do envolvimento dos pais no desenvolvimento escolar das crianças?
Ter uma escola parceira na educação dos nossos filhos é fundamental para que ele possa ir amadurecendo e se desenvolvendo.
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