Você sabe sobre a teoria das Inteligências múltiplas?
Praticamente todo mundo já ouviu falar de teste de QI (Quociente de Inteligência). Em outros tempos, media-se a inteligência das pessoas por meios desse teste. No entanto, o psicólogo Howard Gardner, da Universidade de Harvard, começou a defender a tese de que esse método não era o bastante para avaliar a capacidade intelectual de seres humanos.
Segundo seu entendimento, a competência lógico-matemática — habilidade observada nas avaliações — não era o único tipo de inteligência, e que existiam diversas outras. É a teoria das inteligências múltiplas.
Quer saber mais? Acompanhe o post e entenda seu conceito, como funciona cada uma das inteligências já identificadas e de que forma você pode ajudar as crianças a desenvolvê-las.
O que são inteligências múltiplas?
De acordo com essa teoria, existem variados tipos de habilidades cognitivas, e todas se complementam. O desenvolvimento dessa ideia foi o ponto de partida para quebrar o paradigma que classificava uma pessoa como menos ou mais inteligente que outra.
Os indivíduos são diferentes uns dos outros, e cada um apresenta maior facilidade para determinado conhecimento. Então, quando se nota uma pessoa com pouca ou nenhuma habilidade para cálculos, pode ser que ela tenha um talento incrível para expressar emoções por meio de pintura e desenho, ou se tornar um escritor surpreendente.
Inteligências múltiplas e aprendizagem: como se relacionam?
Por isso, a teoria das inteligências múltiplas também exerce muita influência nas escolas quando é necessário escolher algum método de avaliação e de aprendizagem. Agora, sabemos que a estrutura do cérebro e da mente das pessoas apresenta diferenças de acordo com suas capacidades inatas (ou naturais), o que torna cada pessoa muito hábil em certas atividades, e mediana ou totalmente sem talento em outras.
Podemos citar bons e conhecidos exemplos disso: Isaac Newton era genial em Matemática e conhecimentos relativos aos fenômenos da natureza. Já Mozart, era um prodígio em música, o jogador Pelé foi dotado de uma impressionante inteligência físico-cinestésica — todos se destacaram fortemente nessas áreas, e não em outras.
Albert Einstein, Leonardo da Vinci, Jane Austin e Beethoven se tornaram imortais, cada qual em seus respectivos ramos de conhecimento e inclinação natural para desenvolver um talento sem igual. Essas particularidades dos gênios serviram para auxiliar os estudos de inteligências múltiplas e traçar um painel claro e objetivo sobre o tema. Apesar de se destacarem como capacidades independentes, elas raramente funcionam isoladamente.
Que fatores influenciam o desenvolvimento de aptidões?
Os motivos que direcionam as pessoas a desenvolverem suas habilidades inatas são encontrados na educação que recebem e nas oportunidades que encontram ao longo de sua existência.
Segundo Gardner, todos nós nascemos com um potencial vasto de talentos que ainda não foram talhados culturalmente. Isso só começa a despontar por volta dos cinco anos.
De acordo com seu entendimento, a educação falha ao deixar de considerar os diversos tipos de competências próprias de cada indivíduo. Além disso, é muito comum vermos aptidões naturais sendo tolhidas pelo hábito de nivelar, que parte das escolas ainda mantém. O ato de preservar os talentos descobertos já seria de grande ajuda, já que com o tempo, a criança os desenvolve totalmente por si mesma.
Avanço dos estudos sobre inteligências múltiplas
Os anos 1990 conquistaram a reputação de década do cérebro, em razão dos novos métodos de visualização da parte interna do corpo humano, especialmente, pelo volume de árduos estudos sobre esse assunto. Sendo assim, se não fosse o alcance das ciências da cognição daquele período, provavelmente, a teoria das inteligências múltiplas não teria recebido a mesma dimensão e diversidade que alcançou.
A ciência está lado-a-lado das inteligências múltiplas
Entre alguns dos principais cientistas que contribuíram com a área, destacaram-se Oliver Sacks, Joseph LeDoux, António Damásio e Steven Pinker. Descobertas mais recentes contestam antigas crenças, e uma delas é a de que o cérebro mantém seu potencial evolutivo durante a vida toda.
Além disso, as funções de regiões danificadas podem ser tomadas por outras, quando estimuladas. Contudo, mesmo com as evoluções, a mente humana ainda é um território que precisa ser explorado e decifrado.
Como surgiu a teoria das múltiplas inteligências?
O cientista estadunidense Howard Gardner se formou no campo da neurologia e da psicologia. Ele provocou um impacto considerável na área da educação ao postular sua teoria das inteligências múltiplas, no início dos anos 1980.
Os processos de aprendizagem já faziam parte de seu interesse nas primeiras pesquisas da pós-graduação, ocasião em que explorou as descobertas feitas pelo suíço Jean Piaget. Além disso, sua dedicação às artes e à música, iniciada na infância, o motivaram a considerar que as noções reconhecidas até então, sobre talentos intelectuais humanos, eram incompletas.
Inteligências múltiplas e testes de QI: descubra a relação
Os testes de QI foram criados no início do século XX, pelo psicólogo francês, Alfred Binet, a pedido do Ministro da Educação da França. Constituíam o padrão mais aceito para avaliar a inteligência naquela época.
Assim, o QI, basicamente, avaliava a capacidade de domínio do raciocínio conhecido atualmente como lógico-matemático. Durante um logo período adotaram o QI como padrão para reconhecer as crianças que se encaixavam no desempenho escolar esperado para suas idades.
O aprendizado dos raciocínios e dos símbolos matemáticos é mais complexo e difícil que o de palavras. Por isso, Binet entendeu que esse seria um parâmetro satisfatório para destacar os alunos mais e menos inteligentes. Tempos depois, Piaget acentuou essa dificuldade e, com isso, a valorização da inteligência lógico-matemática cresceu enormemente.
Em 1983, Gardner propôs a teoria das inteligências múltiplas, que revolucionou a maneira como compreendemos os processos intelectuais. Seu fundamento se apoia na ideia de que uma única abordagem educacional sempre será prejudicial para alguns alunos.
O cientista, portanto, sustenta que os testes de QI têm uma limitada relevância para a vida prática. Segundo Gardner, podem existir até oito tipos de inteligência, aplicáveis em diferentes áreas do conhecimento. Suas afirmações também se assemelham muito às que se referem à inteligência emocional, que pode até ser mais importante para garantir sucesso na vida que a tradicional inteligência acadêmica.
Observação do trabalho dos gênios
Influenciado pelos estudos de Robert Sternberg, sobre a diversidade dos conceitos de inteligência em culturas distintas, Gardner a conceituou como o potencial para solucionar problemas e criar o que tem valor em determinado contexto histórico e social. Sendo assim, ao elaborar sua teoria, o cientista se inspirou na observação do trabalho desenvolvido pelos gênios.
Para ele, ficou claro o quanto a expressão da genialidade é muito mais individual que generalista, tendo em vista que pouquíssimos desses gênios são brilhantes em todas as áreas. O psicólogo buscou, também, evidências ao estudar pessoas portadoras de disfunções e lesões cerebrais. Essa pesquisa o auxiliou na formulação de hipóteses que relacionam as habilidades individuais a certas regiões do cérebro.
Por fim, Gardner usou o mapeamento encefálico por meio de técnicas desenvolvidas recentemente. Assim, suas conclusões são altamente experimentais, conforme a maioria das demais que se relacionam ao funcionamento do cérebro. Portanto, oito tipos de inteligência foram selecionados desses estudos.
Inteligências múltiplas: quais são os tipos de inteligência segundo Gardner?
Conforme vimos até agora, são diversas as características pessoais encontradas nos indivíduos, e cada um apresenta mais facilidade para aprender, de uma maneira particular. Por isso, Gardner classificou diferentes tipos de inteligência que os sistemas educacionais precisam conhecer, a fim de oferecer atividades que incluam todas as formas de absorção de conteúdo. Veja quais são elas.
1. Linguística
A inteligência linguística está relacionada à capacidade oral e a outras formas de expressão, como a habilidade de escrita e até gestual. Do mesmo modo, esses indivíduos facilmente analisam e interpretam informações e ideias, produzindo com maestria trabalhos que envolvam linguagem.
As pessoas com predominância nesse tipo de inteligência, normalmente, são excelentes oradores e comunicadores, além de apresentarem grande facilidade para aprender idiomas. Assim, seu estilo de aprendizagem é intimamente relacionado às palavras e à linguagem.
As profissões mais indicadas para essas pessoas são aquelas diretamente ligadas à capacidade de lidar com a linguagem, como advogado, escritor, jornalista, redator, poeta, relações públicas e outras com a mesma orientação.
2. Lógico-matemático
Esse foi o principal tipo no qual por muito tempo se fundamentou a base para medir a inteligência das pessoas, com o popular teste de QI. Os contemplados com o tipo lógico-matemático são hábeis em tirar conclusões com base na razão.
Assim, essa inteligência pode ser descrita como a habilidade de solucionar provas e equações, desenvolver pensamento lógico, realizar cálculos, detectar padrões e resolver problemas abstratos.
O estilo de aprendizagem para esse perfil é aquele mais relacionado à lógica e aos números. Por isso, as profissões mais indicadas para ele estão nas áreas de engenharia, matemática, física, estatística, contábil, ciência e outras nessa linha.
3. Espacial
A inteligência espacial está relacionada à percepção espacial e visual, que facilitam a criação e a interpretação de imagens pictóricas e visuais. Trata-se de uma habilidade que proporciona a melhor compreensão de informações de natureza gráfica, como mapas.
Aqui, o estilo de aprendizado está fundamentalmente atrelado a imagens, formas, gravuras e ao espaço tridimensional. Nessa categoria de inteligência, portanto, estão os arquitetos, artistas, designers, fotógrafos, escultores e afins.
4. Interpessoal
Entende-se por inteligência interpessoal a facilidade para reconhecer e compreender motivações, sentimentos e intenções de desejos dos outros. Dessa forma, quem tem a capacidade de se relacionar com outras pessoas de maneira bem desenvolvida mantém conexão com o estilo de aprendizagem que envolve contato humano, comunicação e trabalho em equipe.
Suas profissões ideais são professor, terapeuta, psicólogo, profissionais de RH, médicos, políticos e todas as atividades que necessitam de contato humano e empático.
5. Intrapessoal
Esse tipo de inteligência se refere à habilidade de reconhecimento da pessoa sobre si mesma, suas motivações, sentimentos e desejos. É a capacidade de identificar com mais facilidade suas tendências inconscientes e, assim, conseguir transformar atitudes, controlar emoções, pulsões e vícios.
Sua principal maneira de absorver aprendizado está conectada à autorreflexão e, devido às suas características particulares, ela pode ser aproveitada em qualquer profissão. Isso porque o conhecimento de si mesmo é uma ferramenta útil e fundamental para o exercício de qualquer atividade profissional.
6. Naturalística
A inteligência naturalística permite que o indivíduo tenha aptidão especial para a compreensão do mundo natural. Isso o torna hábil para distinguir os mais variados tipos de animais, plantas, eventos climáticos e outros atributos da natureza.
Seu meio de aprendizagem se relaciona ao contato com o meio ambiente, e as profissões indicadas para quem tem essas habilidades são geólogo, biólogo, engenheiro de clima, meteorologista, jardineiro e outras.
Destacamos que esse tipo de inteligência não chegou a ser catalogado por Gardner, em seus estudos originais. Mas, ele o incluiu aos demais em 1995, pelo fato de se tratar de um tipo de inteligência fundamental para a sobrevivência das espécies no futuro.
7. Corporal-cinestésica
Quem tem esse tipo de inteligência consegue usar o próprio corpo para resolver problemas. Isso é possível por meio do controle dos movimentos, da coordenação, do equilíbrio e da expressão corporal.
Assim, as profissões mais apropriadas para essas pessoas são as ligadas à dança, à representação teatral (atores e atrizes), aos esportes, mergulho, direção de veículos etc. O estilo de aprendizado, normalmente, é relacionado a experiências de movimento, toque e sensações.
8. Musical
Com a inteligência musical mais desenvolvida, os indivíduos produzem, entendem e identificam os mais variados tipos de sons e são habilidosos para reconhecer padrões rítmicos e tonais. Assim, seu modo de aprender está conectado a ritmos, música e sons.
Suas profissões ideais estão relacionadas a música, composição, engenharia acústica, produção musical e outras dessa área.
Por que conhecer os diversos tipos de inteligência é importante?
A inclusão é fundamental na educação, por isso, é essencial explorar os pontos fortes das crianças com uma variedade de métodos. Ao usar uma única metodologia nas aulas, o professor não alcança todos os tipos de inteligência de forma igualitária.
As tradicionais aulas expositivas, por exemplo, não são para todo mundo e, certamente, deixam muitas crianças com inteligência corporal-cinestésica aquém do aprendizado. Assim, elas podem se sentir excluídas.
Então, o tipo de inteligência influencia diretamente o aprendizado e a evolução escolar, que se reflete na autoestima. Se uma criança apresenta dificuldades com matemática, por exemplo, a sensação de fracasso tende a se manifestar.
É nessa hora que pais e educadores precisam esclarecer ao pequeno que isso não é um problema, não interfere em nada em sua capacidade e que há outras formas de se destacar em sala de aula e na vida. Essas conversas ajudam as crianças a se sentirem mais confiantes, autônomas e seguras quanto às suas qualidades pessoais. Isso impacta o aprendizado e as escolhas futuras.
Como identificar qual é o tipo de inteligência do seu filho?
Saber como identificar o tipo de inteligência das crianças é essencial para o máximo desenvolvimento de seus talentos, bem como da inteligência emocional, que já é uma habilidade altamente valorizada. Mas de que forma fazer essa identificação?
Estamos falando de uma tarefa um pouco complexa, no entanto, a observação de alguns elementos pode ajudar muito a dar um direcionamento. Veja, a seguir, algumas dicas do que observar.
Gostos e preferências
Note o que mais atrai a atenção do seu filho. Normalmente, se uma criança se interessa muito por alguma atividade que não sofre nenhuma interferência das pessoas ligadas a ela, pode ser um claro sinal de uma habilidade mais evidente tentando aflorar.
Assim, ao observar que desde muito cedo a criança demonstra curiosidade por instrumentos musicais ou canto, ela pode ter uma inteligência predominantemente musical. Se o interesse pende muito para os esportes, atividades ao ar livre, sua inteligência pode ser corporal-cinestésica ou naturalística.
Facilidade para aprender
A facilidade de absorver determinado conteúdo é um ponto muito relevante. Por isso, se já nos primeiros anos de aprendizado na escola, o seu filho apresentar mais aptidão para uma matéria específica, esse pode ser mais um sinal de talento à vista.
Algumas crianças apresentam familiaridade com a linguagem e outras com números. Portanto, observe o desempenho das notas juntamente ao interesse natural.
Contudo, é importante procurar não influenciar as escolhas das crianças. Sabemos que os pais se preocupam com o melhor para os filhos, mas para saber qual é realmente o tipo de inteligência da criança, a observação de suas tendências naturais, por um bom tempo, é o caminho mais seguro.
Como ajudar a criança a desenvolver seu tipo de inteligência?
Depois de conhecer as diferenças individuais das crianças, fica mais fácil usar as ferramentas e as atividades mais adequadas. Howard Gardner percebeu que a educação não é um processo uniforme e, ao estudar o tema, concluiu que o intelecto é formado de uma pluralidade e, na maior parte das pessoas, as inteligências funcionam conjuntamente.
Por isso, é importante frisar que todos nós podemos desenvolver os diferentes tipos de inteligência, embora algumas delas se destaquem e, assim, componham as características mais marcantes do indivíduo.
Nesse sentido, pais e educadores devem dar atenção para as particularidades dos pequenos, a fim de proporcionar atividades que incluam todas as estratégias para receber conteúdo, da melhor forma, de acordo com as necessidades de cada um.
Isso é um ponto fundamental, já que o fato de uma criança demonstrar habilidade e interesse por alguma atividade específica não significa que ela será um expert na área. Mas, para ajudar no seu desenvolvimento, considere algumas dicas que apresentamos, a seguir.
Incentive a leitura
O hábito de ler é um dos meios mais eficazes para estimular a inteligência linguística. É por esse caminho que as crianças aprendem a expressar sentimentos e emoções usando as palavras. Além disso, a leitura é um excelente instrumento para destacar a inteligência interpessoal.
Por meio desse estímulo, os pequenos desenvolvem mais empatia, uma vez que vivenciam diferentes tipos de sentimentos e aprendem a se identificar com realidades distintas. Ler ajuda a nos colocar em contato com a consciência dos nossos medos, desejos e muitos outros sentimentos, por isso, essa atividade é uma poderosa aliada para desenvolver, também, a inteligência intrapessoal.
Trabalhe o raciocínio lógico
Para incentivar o raciocínio matemático, lógico e a habilidade de resolver problemas, os jogos que exigem a detecção de padrões e a compreensão de sequências, como o xadrez e o sudoku, são ótimos recursos. Esses jogos podem ser acessados, também, por meio de aplicativos que treinam essa habilidade da mesma forma.
Aplique recursos tecnológicos
Por falar em aplicativos, esse recurso pode ampliar o desenvolvimento das crianças para diversas competências, quando é empregado adequadamente. Com isso, os pequenos podem se divertir enquanto treinam novas habilidades.
Há inúmeras opções direcionadas para o raciocínio, coreografias para dança, jogos voltados à linguística, entre muitos outros. Nas escolas, o uso de dispositivos tecnológicos de maneira positiva constitui um imenso diferencial. Dessa forma, instituições de ensino que dão atenção às novas tendências educacionais aplicam diversas soluções desse tipo, como uso de ferramentas digitais, aulas de programação e outras.
Incentive o contato com a natureza
Entrar em contato direto com a natureza e, ao mesmo tempo, praticar atividades físicas, passeio ao ar livre e brincadeiras envolvendo água e terra ajudam muito a desenvolver habilidades motoras, de inteligência corporal-cinestésica e inteligência naturalística, por meio da compreensão dos elementos naturais associados a seus fenômenos.
Matricule o pequeno em cursos de seu interesse
Invista em cursos para que o seu filho descubra suas aptidões, desde que estejam de acordo com seus interesses e seu tipo de inteligência. Caso a criança goste de pintura e artes, procure uma escola especializada. Se a inclinação é tecnologia, encontre cursos voltados a essa área e sempre de acordo com sua idade.
O mais importante é escolher um ensino de qualidade, além de acompanhar a evolução das crianças, já que apenas fazer a matrícula e não saber se existe progresso não contribui com nada.
Apoie e instrua o seu filho
Durante muito tempo, era comum que os pais não estimulassem as habilidades naturais de seus filhos e até menosprezassem seus sonhos e inclinações pessoais para determinados talentos. Isso é fruto de uma mentalidade que ainda valorizava a velha receita de sucesso, em que só havia espaço para estudar e fazer uma faculdade voltada a algo que trazia prosperidade financeira mais rapidamente.
No entanto, a realidade não é tão simples e as cabeças já estão mais abertas, o que contribui para a felicidade das gerações atuais. Por isso, nunca ignore um talento inato e, se o seu filho disser que pretende fazer música ou futebol, permita que ele experimente.
O simples fato de desenvolver uma habilidade, ainda que ela não se torne a profissão da criança no futuro, já contribui com o aumento de seu potencial intelectual. Isso fortalece a autoestima e ajuda a pessoa a correr atrás de seus sonhos com mais segurança. Afinal, ela tem diversas habilidades que podem se tornar um diferencial nesse novo mundo de múltiplos talentos.
Como as diferentes inteligências impactam a educação?
A descoberta e divulgação das inteligências múltiplas, por Howard Gardner, levaram instituições de ensino de todo o mundo a considerar seriamente esse estudo em seus processos de ensino e aprendizagem infantil. Sendo assim, na prática, as escolas vêm aplicando essa teoria, desenvolvendo metodologias que estimulam os potenciais talentos das crianças.
Por isso, é importante capacitar profissionais em Educação, que sejam devidamente preparados para desenvolver os diferentes tipos de inteligência. Só assim será possível formar cidadãos mais seguros de suas competências e habilidades.
Conforme você verificou ao longo deste post, a teoria das inteligências múltiplas inovou e quebrou paradigmas, demonstrando que a capacidade cognitiva de todos nós é muito mais ampla e rica do que se imaginava. Para educadores e pais, abriu-se um caminho que permite trabalhar muito melhor os talentos naturais dos pequenos desde cedo, identificando e estimulando suas habilidades e favorecendo a formação de adultos seguros e talentosos.
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