Bilinguismo na infância: quais são as verdades e mentiras sobre o assunto?

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O que você sabe sobre bilinguismo na infância? Continue a leitura!

Não há dúvidas quanto aos benefícios em aprender e dominar, além da língua nativa – no caso do Brasil, o português -, outros idiomas, como inglês e espanhol. 

Adultos que possuem fluência em mais de uma língua encontram-se em vantagem no mercado de trabalho, conquistando os melhores cargos. Isso porque, com a possibilidade das conexões e reuniões via internet, o mundo está cada dia  mais globalizado e próximo. 

Empresas, com esta facilidade que a internet gerou, podem angariar clientes em todo o mundo e, profissionais que saibam se comunicar de forma tranquila em outras línguas estão mais requisitados.

Porém, essa fluência não nasce do dia para a noite e, quanto mais jovem se aprender a dominar outros idiomas, melhor. Infelizmente, ainda circulam muitas informações equivocadas sobre o bilinguismo, sobretudo infantil.

Algumas das dúvidas que correm são: será que falar uma segunda língua pode atrasar o desenvolvimento da fala? Ou, então, atrapalhar a alfabetização? Para ajudar a sua família, chegou a hora de falar sobre verdades e mentiras sobre o bilinguismo na infância!

Acompanhe o texto abaixo e saiba mais sobre esse assunto tão importante para o presente e o futuro dos nossos pequenos e pequenas!

O que é bilinguismo?

Antes de iniciarmos a desmistificar alguns pontos sobre bilinguismo na infância, é importante saber o que ele é.

O conceito de bilinguismo não é totalmente fechado, assim, há quem considere bilíngue a pessoa que fala e usa mais de um idioma no seu dia a dia, mesmo que haja sotaque ou até pequenos erros, por exemplo. Afinal, isso já ocorre na língua nativa, não é mesmo?

No entanto, há pesquisadores que defendem que o bilinguismo é o fato de dominar a escuta, a fala, a leitura e a escrita em dois idiomas, ou possuir essas habilidades em determinado nível.

Contudo, há quem seja rígido sobre o bilinguismo, já que só se caracteriza como bilíngue quem tem domínio completo sobre dois idiomas, sem que a língua nativa interfira na língua estrangeira.

Também é possível encontrar pessoas que defendem que o bilíngue é aquele que tem a fluência total de dois idiomas.

Há discordância quanto ao conceito pois fluência é algo subjetivo, já que acaba dependendo de qual é o contexto que a pessoa está inserida, pois essa questão é algo que pode ser modificada com o passar dos tempos, pois é um fato que pode ser aprimorado.

Qualquer pessoa pode se tornar bilíngue, seja por meio de uma língua oral ou viso-espacial, como é o caso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Além disso, podemos nos tornar bilíngues com qualquer idade, desde bebê – quando começamos a falar as primeiras palavras – até bem mais velhos.

Por fim, podemos nos tornar bilíngues de várias maneiras diferentes: em escolas bilíngues, por meio de cursos de idiomas, viagens, intercâmbios ou mesmo em casa, com adultos nativos ou não. Isto é, os pais, mães e pessoas responsáveis podem ser totalmente fluentes ou também estarem em processo de aprendizado do segundo idioma!

Os três tipos de bilinguismo no Brasil

O conceito de bilinguismo é  dividido em vertentes, variando de acordo com o contexto. Os três tipos existentes no Brasil são:

1.Bilíngue Composto

Considera-se parte desta vertente as pessoas que irão aprender dois idiomas ao mesmo tempo, logo, é quando uma criança processa sua língua nativa e a segunda língua, tornando-se fluente em ambas.

2.Bilíngue Subordinado

Entende-se por bilíngue subordinado quem aprende o segundo idioma usando seus conhecimentos sobre a primeira língua, são os adultos que buscam aprendizados em outros idiomas.

3.Bilíngue Coordenado

Esse tipo de bilinguismo é mais específico, já que é quando o indivíduo aprende um idioma novo e mantém este aprendizado. Como é o caso da criança que aprendeu o idioma, muda de país e vive em dois espaços, como a escola e sua casa.

Quando falamos de escolas bilíngues, estamos tratando do bilinguismo composto, onde crianças são alfabetizadas em mais de uma língua e, aí que surgem informações equivocadas!

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Por que existem tantas informações equivocadas sobre o bilinguismo na infância?

Você sabia que o bilinguismo é a realidade da maioria da população mundial? A exceção, na realidade, é se falar apenas uma língua, por isso, é surpreendente existirem tantas informações equivocadas sobre o assunto.

Muitos dos equívocos circundam o bilinguismo na infância, pois há quem acredite que ele pode ocasionar atraso de fala, a confusão linguística e atrapalhar a alfabetização da criança, por exemplo. 

Nós acreditamos que ser bilíngue é sentir-se em casa em qualquer lugar do mundo. Assim, nosso Ensino Bilíngue está disponível nas séries do Ensino Fundamental (1º ao 6º ano), nas unidades da Freguesia, Taquara, Barra da Tijuca, Recreio e Maricá (nessa do 1º ao 5º ano) e, além de ensinar inglês junto dos conteúdos do currículo escolar, também ajuda no desenvolvimento do pensamento crítico, da criatividade e resolução de problemas.

Nas nossas aulas bilíngues os alunos são motivados a realizar atividades que trabalham com as habilidades de fala, escrita, escuta e leitura em inglês de forma significativa fazendo com que haja um maior desenvolvimento cognitivo do aluno.

Abaixo, separamos algumas verdades e mentiras sobre o tema:

Verdades e Mentiras sobre o bilinguismo na infância

Mentira: bilinguismo pode causar atraso de fala na criança

Muita gente ainda acha que o bilinguismo na infância pode atrasar o desenvolvimento da fala. Porém, não existe nenhuma pesquisa atual que demonstre que o bilinguismo atrasa a fala ou que pode atrapalhar seu desenvolvimento.

Na verdade, o atraso de fala costuma estar relacionado a questões neurológicas, falta de estímulo e até excesso de telas, mas não a falar outra língua! Crianças bilíngues passam pelos mesmos marcos do desenvolvimento que crianças monolíngues.

Verdade: qualquer criança pode ser bilíngue

Sim! Qualquer criança pode ser bilíngue! O bilinguismo não “escolhe” quem tem uma maior capacidade cognitiva ou famílias com maior poder aquisitivo. Ele está apenas ligado ao estímulo constante em outro idioma.

Por isso, qualquer um pode ser bilíngue, mesmo crianças autistas ou com deficiência, por exemplo. Crianças novinhas ou mais velhas, tanto faz! Elas apenas necessitam de estratégias e métodos específicos para estimular o outro idioma, seja em casa ou na escola.

Mentira: a criança bilíngue fica confusa

Antigamente, acreditava-se que, pelo fato de pessoas bilíngues misturarem os idiomas, elas estariam confusas. Além disso, alguns achavam que falar outra língua seria muita coisa para a cabecinha da criança. Por isso, ela não seria capaz de se comunicar e estaria sempre confusa.

Contudo, a verdade é que alguns adultos subestimam a capacidade das crianças. Crianças bilíngues conseguem se comunicar e se expressar perfeitamente em qualquer um dos idiomas. 

Verdade: ser bilíngue traz benefícios para o cérebro

Falar outra língua traz muitas vantagens e benefícios para o cérebro, para a vida social e também para o desempenho escolar, principalmente na infância e na velhice. É como se o bilinguismo fosse a “academia para o cérebro”, pois trabalha várias áreas diferentes: linguagem, memória, controle inibitório, atenção e alerta.

Ainda, muitas vantagens relacionadas ao bilinguismo já foram encontrados em pesquisas, tais como o estímulo à criatividade, empatia, raciocínio lógico-matemático, percepção do campo de visão periférico, além de atrasar em, no mínimo, seis anos os primeiros sintomas de Alzheimer e de demência. Ser bilíngue é bom demais!

Mentira: bilinguismo infantil atrapalha a alfabetização

Existem estudos que demonstram que crianças bilíngues têm mais facilidade em serem alfabetizadas do que crianças monolíngues. Isso se deve a vários fatores, como: exposição maior a leitura, musicalização, sons e fonemas diferentes, entre outros.

Porém, algumas pessoas ainda acham que o bilinguismo infantil pode afetar o processo de alfabetização. Quando, na verdade, o problema pode estar na educação, que não é inclusiva ou que não está preparada para alfabetizar em mais de uma língua.

Verdade: pais que não são fluentes podem estimular o bilinguismo

Tem gente que acha que só quem é nativo ou fluente pode começar a falar outra língua em casa. É claro que é necessário continuar estudando a segunda língua, mas a verdade é que qualquer um consegue estimular o bilinguismo infantil. Desde que com estratégias específicas para cada caso, por exemplo. Mas, sim, todo mundo pode ser bilíngue!

De fato, esses não são os únicos mitos e verdades sobre a criação bilíngue. No entanto, cada vez mais, as pesquisas descobrem novos benefícios do bilinguismo infantil. 

Nossas matrículas para o ano letivo 2023 estão abertas! Oferecemos a opção do ensino bilíngue, conforme informado acima, nas unidades da Freguesia, Taquara, Barra da Tijuca, Recreio e Maricá.

Não há dúvidas das inúmeras vantagens futuras que nossos filhos ganham ao serem alfabetizados em mais de uma língua, saindo em grande vantagem competitiva quando chegarem na fase do mercado de trabalho.

Para mais informações de como matricular seu filho em uma de nossas unidades que oferecem essa opção, fale conosco aqui

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