Entenda mais sobre a importância da arte na infância

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7 atividades para o desenvolvimento de competências socioemocionais infantil

Na infância, é comum que as escolas apliquem atividades que envolvam desenhos, pinturas, recortes, danças, representações teatrais, entre outras. Mas você sabe a real importância da arte na infância?

Por trás desse aspecto lúdico e de diversão, a arte na infância cumpre com o papel de trabalhar as habilidades da criança de se expressar, se comunicar e permite conhecer um pouco da nossa história como sociedade. 

Nesse sentido, o envolvimento dos pais nos processos pedagógicos aplicados na escola dos filhos faz toda a diferença. Querer fazer parte — e de fato participar — desperta na criança o sentimento de que as atividades propostas pela instituição são realmente importantes.

Continue a leitura, entenda a importância da arte na infância e descubra como a família pode contribuir com o processo de aprendizagem.

Qual a importância da arte na infância?

Em linhas gerais, o estudo da arte na infância é uma forma de utilizar recursos lúdicos para traduzir a realidade, explicar e resgatar a história. A partir das manifestações artísticas, crianças podem entender culturas, fatos históricos e até mesmo sentimentos.

Além disso, a arte como recurso para a educação infantil possibilita o estímulo da criatividade, desenvolvimento de habilidades sociais e a possibilidade de compreensão do mundo como um todo e o seu papel como indivíduo diante dele.

Como estimular o estudo dessa matéria?

A arte expressa emoções e sentimentos que nem sempre conseguimos verbalizar. Por isso, estimular os filhos a darem a devida atenção para a matéria de artes na mesma proporção que a outros conteúdos programáticos — como matemática e português — é extremamente importante. 

Os pais e responsáveis de pré-adolescentes podem aproveitar a oportunidade para criar momentos de reflexão sobre as variações da arte e suas expressões, como:

  • por que a arte da periferia é marginalizada? 
  • o acesso à arte como teatro, ópera, cinema, entre outras formas são para todos?

É importante que esses assuntos façam parte da realidade da criança, pois, querer apenas ensinar teoria e movimentos artísticos que aconteceram há séculos pode não ser o caminho mais interessante. 

A origem da arte, seus conceitos e movimentos nos permite olhar para trás para saber o que podemos fazer no futuro e utilizar como referência, mas trazer essas questões para o contexto atual é fundamental para despertar o interesse e contribuir para a formação da criança como cidadã. 

Quais os principais desafios da arte no Brasil?

Desde 1996 a educação é determinada de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, também conhecida como LDB nº 9.394

No artigo 26, é assegurado que: “a arte é um patrimônio cultural da humanidade, e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber”. A partir dessa resolução, a mesma legislação determina que “o ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”.

Os principais desafios encontrados no Brasil em relação ao aprendizado da arte e a produção da arte é a falta de valor que é dado a ela. Não há incentivo financeiro para o seu desenvolvimento de forma que atinja todas as camadas da sociedade. 

Com isso encontramos um ambiente escolar, do ensino fundamental ao ensino médio, com problemas que acabam se tornando recorrentes como a baixa qualidade dos materiais, a falta de professores qualificados ocasionando o desinteresse do aluno. Os dados são da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

Por que os pais devem acompanhar a vida escolar dos filhos?

Quais os benefícios de sua aplicação na infância?

Estudar arte na infância é muito mais do que ter contato próximo com entretenimento. Trata-se de um caminho seguro para o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças. Veja mais.

Desenvolve a criatividade e expressa emoções

A habilidade de expressar as emoções está diretamente ligada à melhoria da vida social, principalmente na infância. É nessa fase que a criança toma conhecimento de suas atitudes. Dessa forma, se tornam capazes de interpretar o que sentem por meio do desenho ou da pintura, por exemplo.

Aguça a percepção dos sentidos e amplia o autoconhecimento

À medida que a criança passa a entender a importância das expressões artísticas como a música, a dança ou o teatro e que ela é capaz de se expressar dessa forma, ela aprende a explorar os seus sentidos. Aguçar essa percepção e ampliar o autoconhecimento é extremamente benéfico para o desenvolvimento da criança.

Reconhece a si e aos outros, desenvolvendo o pensamento crítico

A partir das atividades artísticas coletivas, como fazer parte de um grupo de dança, a criança desenvolve sua interação com os demais, tornando o processo de socialização mais dinâmico. Ao perceber as diferenças de cada um, ela é capaz de entender que cada integrante é único, tem suas características próprias e fazem parte de um mesmo grupo.

Como ela pode ser aplicada na escola?

O ideal é que a escola consiga balancear os aspectos históricos, os trabalhos manuais e a tecnologia no ensino da arte. Com gerações cada vez mais conectadas a celulares e plataformas digitais, ver estas ferramentas como vilãs da aprendizagem pode prejudicar as estratégias que despertam o interesse dos pequenos.

Elaborar aulas dinâmicas, de acordo com o previsto no plano programático e com a idade da turma, utilizando computadores e equipamentos como filmadoras para a produção de vídeos, criar e gravar músicas, videoclipes e até mesmo o uso do YouTube e outras plataformas como forma de divulgação é motivador.

Além disso, apostar em processos “a moda antiga” aguça a curiosidade. Já pensou em convidar os alunos para reproduzir o quadro da Monalisa com os mesmos recursos utilizados na época? Certamente eles vão amar! Inclusive, as reproduções são ótimas aliadas.

Outra ideia é apresentar o trabalho do Eduardo Kobra ou dos Gêmeos, artistas brasileiros famosos internacionalmente, levando as crianças para visitar obras feitas por eles nas ruas das cidades e, depois, deixar que pintem um muro de casa ou da escola? Pense nisso!

Como a família pode estimular a criança a participar das aulas de arte?

Quando a família percebe que há um desinteresse da criança para o aprendizado, é necessário analisar o que exatamente tem desmotivado o aluno. A família deve atuar em paralelo com a escola nesse processo.

Os pais poderão ajudar os filhos com os estudos por meio do diálogo, evidenciando experiências que fizeram a diferença em suas vidas. Isso vai fazer com que seu filho enxergue que o esforço é necessário e comum a todos, inclusive para as pessoas que o rodeiam.

É importante que se celebrem as conquistas e os obstáculos ultrapassados. Encoraje a criança com frases simples, como “parabéns por essa conquista, eu sabia que conseguiria” ou “notei que você se esforçou bastante neste projeto. Os resultados são mérito desse emprenho” são palavras importantes a todo mundo.

Caso a nota não seja a desejada não fique bravo nem jamais humilhe a criança. Mostre a ela a importância de se dedicar mais e fique atento a problemas externos que podem estar afetando o seu desempenho. E claro, sempre que possível partícipe das atividades de forma ativa, ensaiando, ouvindo, cantando ou desenhando junto. Isso estreitará a relação e facilitará a melhora da aprendizagem.

Diante de tudo o que foi visto não há dúvidas de que estudar arte na infância é uma grande ferramenta de desenvolvimento, pois é uma das primeiras oportunidades que a criança tem de se expressar como indivíduo, ter acesso a história do mundo e construir a sua própria história. Incentive a formação, seja na escola, seja fora dela. Você vai estar fazendo a coisa certa.

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