Antes de tudo, se você quer saber mais sobre uso de telas na educação infantil, continue lendo o artigo!
Um dos pontos mais complicados da modernidade para os pais: o uso excessivo de telas por parte de crianças e adolescentes.
De acordo com estudo feito pela Canadian Journal of Psychiatry, quanto maior o uso de telas, maior o nível de ansiedade entre os adolescentes.
Reclamações sobre a quantidade de tempo gasto diariamente por crianças e jovens em frente às telas smartphones, tablets, computadores e televisão são frequentes nas rodas de conversa, nas escolas e nos consultórios médicos.
Como lidar com essa situação sem causar conflitos familiares? A tecnologia hoje é parte essencial na socialização do adolescente, mas sem os devidos cuidados, pode ser extremamente prejudicial para sua saúde.
Saúde mental, pandemia e uso de telas na educação infantil
Embora a pandemia causada pelo COVID-19 tenha acabado há um ano, as consequências geradas pelo isolamento social permaneceram em algumas crianças e adolescentes.
Dessa forma, com o começo das aulas à distância e o aumento do uso de telas na educação infantil, pais e mães se viram obrigados a deixar os filhos durante horas na frente do computador.
Nesse contexto, desenvolvimento de doenças como ansiedade e depressão, são ocasionadas pelo fato de atividades e características presentes na infância, como a curiosidade, não serem estimuladas com o uso excessivo de telas.
Os aparelhos se tornaram, também, uma forma de socialização desses jovens que já estavam sem contato com outras pessoas da mesma idade.
E não para por aí!
De acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Crianças e smartphones no Brasil, realizada em outubro de 2020, a quantidade de crianças de 7 a 9 anos que usam o smartphone por 3 horas diárias ou mais saltou de 30% para 43% em um ano.
Outra informação importante é que 58% dos pesquisados entre 10 e 12 anos passavam mais de 3 horas diárias em frente ao celular.
Diante desse cenário, pais, educadores e profissionais de saúde passaram a ficar ainda mais preocupados com as consequências que o uso desenfreado dos dispositivos digitais poderiam gerar nessa geração.
Como limitar o uso de telas na infância e adolescência?
Mesmo com a volta da “vida normal”, sabemos que por conta da rotina passamos mais horas em frente aos dispositivos digitais. Além disso, sabemos que por causa do dia-a-dia corrido, estamos passando mais horas em frente aos celulares, computadores, tablets e TVs
E, embora esses meios sejam atualmente importantes para que as crianças e jovens possam estudar e se informarem melhor, é preciso, sim, saber delimitar o tempo de uso diário.
É preciso lembrar que quanto mais os pequenos ficam vidrados em dispositivos, menos momentos eles estão envolvidos em brincadeiras ativas — e isso não é saudável.
Separamos 5 dicas importantes para ajudar os pais nesse momento, Boa leitura!
Seja o principal exemplo
Mostre aos seus filhos o seu próprio exemplo e faça atividades em casa que não envolvam o uso de telas. Se você exige que a criança passe menos tempo diante do celular, mas não faz o mesmo, fica mais complicado ter um posicionamento assertivo.
Então, desligue o telefone e aproveite o mundo offline com seu filho.
Monitore o tempo de tela
Se seu filho não for muito bom em seguir acordos, é importante existir um monitoramento mais rígido em cima do tempo de uso de telas dele. Ao acompanhar os seus filhos online e definir limites com um aplicativo para pais, você saberá exatamente quando é hora de encerrar o dia.
Dê preferência às mídias que provocam interação
Se for para seu filho jogar algo, que seja um jogo que permita à criança interagir com o dispositivo (painel sensível ao toque, jogos de aprendizagem apropriados para a idade ou chamadas de vídeo).
O tempo de tela sedentário tende a durar mais, ou seja, procure evitar esse tipo de uso.
Seja firme!
Criar hábitos saudáveis para os filhos não é fácil, mas é preciso ter pulso firme e fazer com que seu filho entenda que aquela é uma decisão para o bem dele. Crie hábitos fáceis de lembrar, sustentáveis, e que toda a família possa viver.
Ou seja: manter a segurança online é um esforço de equipe.
Para entender mais sobre comportamento infantil, leia nosso texto sobre Birras na infância: o que motiva esse comportamento e como lidar?
Criança precisa de tempo livre
Ainda que seja com a TV ligada em segundo plano, é importante que as crianças tenham alguma atividade longe das telas digitais.
E, se possível, atrase o máximo possível a compra de um celular para seu filho, tendo a certeza que vai dar esse passo somente quando for o momento certo.
EXTRA: Antes de dormir, desligue tudo!
De acordo com pesquisa desenvolvida pela Universidade do Oregon (UO), alunos do ensino médio precisam desligar os smartphones, laptops e tablets antes de dormir.
Segundo os pesquisadores, dormir logo após usar esses dispositivos pode diminuir a qualidade do sono e deixar os jovens mais cansados no dia seguinte.
Essa dica pode ser usada tanto para os alunos de ensino médio quanto para as crianças. Embora seja difícil para os pais, pois existe também uma pressão dos colegas dos filhos para que eles permaneçam online até o horário máximo, usar esses aparelhos durante a noite pode prejudicar até mesmo a concentração nas aulas no dia seguinte.
Assim, assistir a vídeos antes de dormir pode superestimular o cérebro em um momento em que o corpo deveria estar desacelerando. Isso gera falta de atenção, dificuldades de aprendizagem e oscilação de humor, um prato cheio para transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão.
Cuidar da qualidade do sono é, também, cuidar da saúde – física e mental.
Agora, se você gostou deste tema, leia nosso artigo sobre Vício em videogames é doença? Entenda e veja como intervir!