Tirar uma foto e esperar por dias até ver o resultado revelado. Enviar uma mensagem — por carta! — e não ter uma resposta imediata. Viajar se guiando por mapas físicos, daqueles que se desdobram em inúmeras partes. Ter que comprar jornais ou revistas para saber o que acontece no país — e também na vida de famosos e celebridades. Tudo isso pode parecer muito estranho à geração Z, a geração que não conheceu a vida antes da tecnologia.
Diferente dos Baby Boomers, da geralçao X e dos Millenials — também chamados de geração Y, a geração Z é a primeira nascida digital e, por esse motivo, reúne uma série de particularidades. Ficou interessado em entender? Então, vamos lá!
O que é a geração Z?
Antes de explicarmos mais sobre a geração Z, é preciso entender um pouquinho mais a respeito dessa classificação. A teoria geracional foi desenvolvida ainda nos anos 1990, por Neil Howe e William Strauss. De acordo com ela, a cada 20 ou 25 anos nasce uma geração com características e traços diferentes da anterior. Antes da geração Z já tivemos os Baby Boomers (nascidos entre 1940 e 1960), a geração X (nascida entre 1960 e 1980) e a geração Y (nascida entre 1980 e 1995).
A geração Z é aquela nascida entre os anos 1995 e 2010. Ela é, hoje, a geração mais nova no mercado de trabalho, o que faz com que a nossa sociedade busque ajustar suas ofertas às demandas desse público no que diz respeito, principalmente, ao consumo, trabalho e carreira.
Em geral, essa é uma geração que veio para simplificar muitos aspectos que eram complicados na geração Y. Sua compreensão tecnológica é bastante apurada, sua agilidade é notável e as inovações são parte natural de seu processo evolutivo.
Para os nascidos depois dos anos 2000, a tecnologia sequer foi algo com o que tiveram que se acostumar. Os Z’s já nasceram em um mundo cuja realidade inclui aplicativos, comunicação por vídeo e alta conectividade.
É claro que também existem alguns aspectos negativos nisso. Um deles é a impaciência e a dificuldade para lidar com coisas que levam tempo, tal como a burocracia, por exemplo. Pelo ritmo acelerado, os Z’s também podem experimentar transtornos com mais frequência, como a ansiedade.
Quais são as suas características?
Sendo a primeira geração hiperconectada e adaptada à mobilidade, a geração Z apresenta características bastante peculiares. Confira as principais delas a seguir.
Pragmáticos
Muito práticos, realistas e focados em suas necessidades, os jovens da geração Z têm seu pensamento voltado para a aplicabilidade das coisas. Desde muito cedo se preocupam em aprender coisas que possam ser colocadas em prática. Por isso, são ótimos empreendedores quando adultos, já que não dependem ou esperam pelos outros para aprender.
Indefinidos
Os Z’s também são reconhecidamente os quebradores de rótulos. Eles não se importam tanto com a definição do “eu” quanto se preocupam com o “nós”. Para essa geração, os rótulos como gênero, idade ou classe não são relevantes. Eles valorizam a individualidade e respeitam as diferenças, optando por uma identidade mais fluida.
Comunicativos
Como nasceram em uma geração que não vê fronteiras na comunicação, os Z’s também são supercomunicativos. Mas não é qualquer tipo de comunicação. Eles são abertos ao diálogo, ao entendimento e ao respeito, um caminho inverso ao da polarização. Assim, se tornam mais empáticos e compassivos, sem abrir mão do seu ativismo.
Selfies reais
Um aspecto importante da geração Z é o interesse por mostrar aquilo que é real. Depois da ressaca digital provocada pelos Millennials, os Z’s estão na rede de uma maneira muito mais autêntica, espontânea e transparente. Eles mostram e falam sobre fragilidades e intimidades, atribuindo ainda mais valor àquilo que compartilham online.
Como eles se diferenciam da geração Alpha?
A próxima geração depois dos Z’s já vem sendo chamada de geração Alpha e incluir pessoas nascidas a partir de 2010. Essa nova geração já nasce e cresce conectada, tendo o tempo como o único fator que separa os bebês do conhecimento tecnológico que vemos hoje.
Com cerca de 10 anos de existência, essa geração já dá seus primeiros indícios de personalidade e características próprias, que incluem:
- uma espontaneidade ainda maior;
- mais autonomia na realização de tarefas e aprendizado;
- o poder elevado de adaptação;
- a interação com diversas plataformas digitais.
Como gerenciar o crescimento dessas crianças?
Com gerações tão “para frente” pode parecer um pouco desnorteador educar essas crianças para uma realidade ainda incerta. Apesar disso, existem algumas premissas que podem ser muito úteis para orientar os Z’s e Alphas.
Saiba impor limites
Os limites são fundamentais para as gerações hiperconectadas, em especial no que diz respeito ao uso das telas. As crianças dessas gerações são capazes de passar horas a fio no celular, TV e computadores. Por isso, é preciso que haja uma educação voltada para o contato pessoal e a vida real, com estímulos sensoriais, como o tato, o olfato e o paladar, por exemplo.
Defina regras claras
Hoje, as regras são vistas de um modo um pouco diferente do que eram há um tempo. Em vez de rígidas e inflexíveis, elas são balizadoras do que é aceitável ou não no desenvolvimento da criança. Portanto, são cruciais para sinalizar todas as vezes que a criança tomar uma ação considerada inadequada e, assim, ajudar a construir seu caráter.
Encontre meios alternativos de diversão
Para fugir do excesso de tecnologia, é muito importante estimular meios alternativos de diversão. Os passeios ao ar livre e as atividades instintivas são fundamentais para isso. Tudo o que envolva os sentidos, como a prática de esportes coletivos ou o contato com as artes mais refinadas, é importante para desenvolver esses indivíduos.
Qual é o papel da escola no aprendizado das crianças da geração Z e Alpha?
A escola tem um papel fundamental para proporcionar experiências realmente valiosas para os indivíduos dessas gerações. Porém, para isso, ela precisa estar disposta a fazer algumas adequações. Confira!
Incorporar novas tecnologias
A tecnologia é uma aliada para uma educação mais atrativa, dinâmica e interessante aos olhos dos estudantes. Por isso, ela pode ser usada para aproximar as crianças dos conteúdos estudados, principalmente por meio de ferramentas digitais e da inovação da prática pedagógica.
Usar metodologias modernas
Mudar as metodologias abordadas em sala de aula também é importante. A maioria dos alunos têm acesso fácil a absolutamente qualquer tipo de informação, em tempo real, na internet. Por isso, a informação por si só já não é nenhuma novidade.
Pensando nisso, é preciso encontrar meios de instigar a curiosidade e fazer das crianças as verdadeiras protagonistas do seu aprendizado, de uma forma desafiadora e divertida.
Dinamizar as aulas
Um sistema de ensino qualificado deve estar preparado para proporcionar um conhecimento profundamente desafiador. Hoje, não falamos mais na transmissão de conhecimento, apenas. É preciso que a escola esteja pronta para gerar experiências que transformam, explorando os conteúdos e levando temas complementares que ajudem no desenvolvimento humano dos estudantes.
As gerações possuem características próprias e demandas bastante específicas. Mas, em contraponto, elas oferecem benefícios ímpares para a sociedade, permitindo que ela avance e se desenvolva no decorrer dos anos conforme as necessidades sociais.
Acompanhando essas características é possível oferecer, principalmente aos que estão no mercado de trabalho, desafios e oportunidades verdadeiramente instigantes e construtivas. Dessa maneira, todos seguem ganhando.
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Há necessidade de um novo olhar considerando-se todas as potencialidades do educando. Hoje ele não pode ser mero espectador sem o direito de opinar e participar. Esta geração é rica e com criatividade para encontrar soluções buscando um caminho mais rápido e eficiente. Bom trabalho com visão de um futuro o qual já é presente.