Você sabia que crianças hiperativas precisam de suporte e práticas de ensino diferenciadas capazes de ampará-las em seu percurso de aprendizado?
Mais agitadas, inquietas e com pouco foco, as crianças diagnosticadas com TDAH tendem a ter mais dificuldade em prestar atenção em longas explicações, permanecer muito tempo fazendo uma mesma atividade ou se manterem concentradas por muito tempo. Nesse sentido, adotar boas práticas de ensino é fundamental para garantir que os temas sejam fixados e absorvidos no decorrer do ano letivo e fora dele.
Quer saber mais sobre o assunto? Então, é melhor continuar conosco. Aproveite a leitura!
O que é a hiperatividade e como é feito o diagnóstico?
Você já ouviu algum pai ou mãe falando que o filho é hiperativo apenas porque a criança é agitada? Pois é, a hiperatividade não é uma condição cujo diagnóstico possa ser feito com base em achismos ou sem uma opinião médica. É importante buscar profissionais especializados no assunto, que vão fazer as devidas investigações para entender se há ou não algum transtorno.
Esse distúrbio é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ele se caracteriza principalmente pela deficiência de atenção, pela hiperatividade e pelo comportamento impulsivo do indivíduo. O problema ocorre lá no cérebro da criança, em função de uma má regulação.
Uma das suas principais causas é a hereditariedade, mas outras condições também aumentam o risco de desenvolvimento, como:
- gênero masculino;
- nascimento prematuro e abaixo do peso;
- deficiências vitamínicas na dieta;
- contaminação por chumbo;
- sofrimento fetal;
- ingestão de álcool durante a gravidez;
- deficiência hormonal do indivíduo.
E caso a hiperatividade seja, de fato, diagnosticada, você pode ficar tranquilo, porque é possível conviver normalmente com ela, além de criar as condições ideais para que a criança acompanhe o aprendizado pertinente à sua faixa etária.
Quais são as principais dificuldades da criança com TDAH?
Saber quais são as principais dificuldades da criança com TDAH ajuda a entender como elas devem ser abordadas, com o intuito de minimizar tais desafios. Existem sinais e indicativos de que uma pessoa tem esse transtorno e, consequentemente, exige um pouco mais de atenção devido a esses aspectos.
Uma criança com TDAH pode ter dificuldade em:
- ficar muito tempo sem fazer nada, como ter de esperar em uma fila ou ficar sentado em algum local;
- prestar atenção a tudo o que lhe é dito, afinal, ela só consegue captar alguns pontos;
- seguir ordens ou instruções, mesmo que as tenha compreendido;
- lidar com suas emoções e situações potencialmente estressantes;
- participar de momentos silenciosos, como contação de histórias, discursos e afins;
- manter a sua atenção em qualquer coisa, seja em uma conversa, na aula ou em uma atividade;
- dormir bem e relaxadamente a noite toda, tendo um sono precário;
- finalizar tarefas, desde brincadeiras até atividades domésticas.
Dessa maneira, o seu desempenho escolar pode ficar comprometido, afinal, o aluno com TDAH não grava todas as informações da aula e dificilmente tem paciência para concluir avaliações convencionais. Sendo assim, é muito importante ajustar o método avaliativo e as atividades ao perfil do estudante.
Como lidar adequadamente com crianças hiperativas?
A boa notícia é que as atividades podem (e devem) ser direcionadas de forma que facilitem o aprendizado da criança. Mas, além disso, é preciso fornecer uma boa base de apoio para que a criança se sinta segura no dia a dia e consiga desenvolver sua inteligência emocional. Para tanto, é interessante adotar qualidades como:
- paciência: é muito comum que crianças hiperativas tenham lapsos frequentes de memória, por isso, pode ser necessário ter que explicar várias vezes a mesma coisa;
- clareza: conversar com um hiperativo demanda simplicidade e clareza, portanto, quanto mais objetivo você for, melhor;
- rotina: a repetição das atividades é muito interessante para ajudar a criança a gravar o que precisa ser feito, bem como algumas regras;
- compreensão: é fundamental elogiar os acertos da criança e entender os seus erros, sem dar tanto destaque a eles;
- ocupação: também é interessante manter a criança ocupada com atividades que gastem a energia dela, como esportes, música ou quaisquer esforços intensos que vão ajudar com a inquietação.
Além dessas dicas, é crucial que você evite fazer comparações entre crianças que têm TDAH e as que não têm. Isso não é nada saudável e, muitas vezes, uma atividade comum aos dois grupos pode ser mais difícil de ser executada por um indivíduo do que pelo outro.
Quais práticas de ensino adotar para o aprendizado de crianças com hiperatividade?
Para melhorar a rotina de aprendizado da criança, é possível adotar algumas medidas que vão tornar os ensinamentos mais interessantes e, com isso, mais fáceis de prestar atenção. Veja a seguir algumas sugestões.
1. Aposte em estímulos visuais e sensoriais
Uma criança hiperativa não gosta de atividades monótonas. Por isso, ler algo pode ser extremamente entediante. Em vez disso, ofereça uma experiência sensorial ou visual, essas serão muito mais atrativas. Bons exemplos são:
- vídeos curtos;
- brincadeiras;
- passeios a zoos, parques e museus;
- atividades físicas;
- tarefas manuais.
2. Reforce pontos que merecem destaque
Dentro de um processo de aprendizagem, é importante reforçar várias vezes uma informação para que a criança com TDAH consiga se lembrar dela. Muitas vezes, focamos em alguns dados acessórios, mas com uma criança hiperativa, nossa dica é ir direto ao ponto e ainda destacar apenas aquilo que é mais importante.
3. Invista em atividades práticas
Desafios práticos sempre serão os mais interessantes entre as atividades infantis, principalmente para uma criança hiperativa. Portanto, sempre que possível, transforme uma ação que seria teórica e difícil de ser compreendida em algo com aplicabilidade prática. Em vez de tentar ensinar a criança a calcular com papel e caneta, por exemplo, peça para que ela divida o lanche em partes iguais com os amigos.
Como você pode ver, é absolutamente possível que uma criança hiperativa mantenha uma rotina normal e consiga aprender de maneira satisfatória. Em geral, você só precisa produzir os estímulos certos sobre os pontos focais desejados. Isso significa evitar distrações excessivas no ambiente e também produzir fatores atrativos ao elemento de ensino.
E aí, curtiu saber mais sobre essas boas práticas de ensino para crianças hiperativas? Então, que tal dividir essas informações com outras famílias? Compartilhe o post nas suas redes sociais!