Essa é uma dúvida recorrente: como saber se meu filho tem autismo?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno do neurodesenvolvimento que pode ser diagnosticado a qualquer momento da vida. Mas seus primeiros sinais surgem entre os primeiros meses até os 3 anos de idade.
Crianças com TEA não apresentam anormalidades ou características físicas diferentes. Entre os principais sintomas, podem ser percebidos a dificuldade na comunicação, os movimentos repetitivos e a socialização tardia. Infelizmente, muitos diagnósticos são dados após anos, o que compromete as intervenções do tratamento.
Acima de tudo, é muito importante que pais e professores estejam atentos aos sinais do Transtorno, já que a identificação e intervenção antes dos 2 anos de idade, pode levar à descaracterização do quadro.
O impacto do autismo no desenvolvimento infantil
Crianças com Transtorno do Espectro Autista possuem impacto no desenvolvimento das habilidades cognitivas, comportamentais, comunicacionais e de interação social.
Nesse sentido, esses sintomas podem ser manifestados nos primeiros meses de vida e os pais podem notar a partir do pouco contato visual dos bebês e a pouca reação deles com outras pessoas.
Ao iniciar o estímulo da fala, as crianças repetem palavras soltas e possuem um tempo diferente de aprendizado das crianças com desenvolvimento típico.
Como saber se meu filho tem autismo?
Os sintomas do Transtorno do Espectro Autista são diversos e nem todas as crianças se identificam 100%. Para auxiliar os pais que possuem algum tipo de suspeita sobre o quadro, separamos os 13 principais sintomas que crianças autistas costumam apresentar.
Por isso, se você identificar mais de dois sintomas em seu filho, a criança precisa ser levada ao médico ou psicólogo para a realização de um diagnóstico.
- O bebê não fixa o olhar ao ser amamentado;
- Não há reação aos sons;
- Não sorri;
- Até os 4 meses de idade, não reage com sorrisos ou movimentos corporais ao ouvir a voz dos pais;
- Não balbucia ou emite sons;
- Presença de choro ininterrupto até os 6 meses de idade ou falta de comunicação com o mundo externo;
- Apresenta maior interesse por objetos que por rostos conhecidos;
- Apresenta seletividade alimentar;;
- Alterações de sono;
- Por volta dos 8 meses de idade, não estranha e vai no colo de qualquer um;
- Não responde ao ser chamado;
- Apresenta movimento repetitivos de tronco, mãos ou cabeça;
- Aos 2 anos, não forma pequenas frases;
Alunos com autismo: 3 estratégias para a hora dos estudos
Crianças que fazem parte do espectro autista devem, também, frequentar escolas regulares. Embora muitas instituições não estejam preparadas para receber alunos atípicos, é garantido por lei o direito de crianças atípicas frequentarem o mesmo espaço e terem as mesmas oportunidades de interação.
O ambiente escolar correto para o autista pode auxiliar em seu avanço cognitivo. Se você também se pergunta “Como saber se meu filho tem autismo?”, separamos 3 dicas para te auxiliar nessa tarefa.
Tenha uma rotina bem definida
A ansiedade pode ser um gatilho especialmente difícil para crianças autistas. Por isso, é importante que elas tenham uma rotina bem definida todos os dias para que tenham conforto em uma rotina previsível e estável.
A escola, com sua rotina estruturada, é o cenário ideal para que crianças autistas possam encontrar equilíbrio e fazer com que os pais deixem a rotina clara para as crianças. Possuir um cronograma visual também é muito importante, principalmente ao utilizar imagens e cores para identificar as atividades do dia da criança.
Para saber como definir a rotina, leia nosso artigo sobre Por que a rotina da criança é importante? Veja 5 passos para criar uma
Comunique as mudanças com antecedência
Ao entender que rotina é importante, você já deve ter percebido, também, que é essencial comunicar toda e qualquer mudança no dia-a-dia da criança com autismo.
Mudanças e transições podem ser dolorosas para elas, principalmente na escola. Por isso, prepare seu filho com antecedência e deixe perto os objetivos de segurança, como um urso de pelúcia ou um brinquedo para que ele possa se distrair em momentos mais tensos.
Comunique as mudanças verbalmente com bastante antecedência e leve a criança para conhecer o novo ambiente, como a nova sala dele, por exemplo. Não esqueça de colocar o dia da mudança de sala no quadro de avisos para que ela possa se preparar internamente para esse dia.
Autistas são pessoas sensoriais: leve isso em consideração!
A sensibilidade sensorial faz com que crianças autistas possuam reações intensas, positivas ou negativas, ao serem estimulados sensorialmente. Ou seja, é importante que você se preocupe se o ambiente (nesse caso, sala de aula) possui muita informação visual.
Não existe uma regra para todas as crianças com espectro autista, já que cada ser humano é único. Por isso, é importante você observar como seu filho reage a certos sons ou ao tocar determinados objetos, por exemplo. Se possível, converse com professores para que esses objetos e sons sejam evitados em sala de aula para evitar crises ou, ainda, reforçar os estímulos positivos.
Aqui, é importante que seu filho ande sempre com um fone de cancelamento de ruído. Vai ser de grande importância!
Autismo e educação: a Lei garante acesso para todos!
Desenvolver habilidades sociais é de extrema importância para crianças típicas e atípicas, e o ambiente escolar é o local ideal para que ocorra os estímulos para essa socialização. É na escola que a criança encontra as oportunidades de participar de atividades e de traçar escolhas que fortalecerão seu intelecto.
Além disso, no ambiente escolar as crianças também dividem vivências com pessoas da mesma idade e que passam pelas mesmas situações e descobertas que essa idade oferece. Ao falar sobre autismo, essa troca de aprendizado é ainda mais importante: as crianças nesse espectro apresentam dificuldades no desenvolvimento das habilidades sociais e, na escola, podem melhorar a sua interação social.
É obrigação da escola estimular um ambiente acolhedor e inclusivo para os estudantes com autismo, garantindo seu aprendizado dentro e fora da sala de aula. A Santa Mônica Rede de Ensino possui grande experiência na educação infantil e na inclusão de alunos.
Para ler mais sobre socialização infantil, leia nosso artigo Meu filho tem dificuldade em socializar: o que fazer?